Uma mãe passou por uma situação difícil na última quarta-feira (20) ao tentar embarcar em um ônibus de Mongaguá a Santos, no litoral de São Paulo. Karen, de 34 anos, acompanhada de seus dois filhos, um de 11 meses e outro de dois anos com síndrome de West, um tipo raro de epilepsia, foi impedida de embarcar no ônibus das 7h20 porque o motorista se recusou a esperar que ela fechasse o carrinho de bebê duplo.
Karen explicou que o motorista não quis aguardar que ela fechasse o carrinho ou colocasse o bebê no canguru, o que a deixou em uma situação complicada, já que o filho mais velho demanda cuidados especiais e não tem sustentação no corpo. Ela não tem com quem deixar o bebê durante as consultas médicas em Santos, o que torna a situação ainda mais delicada.
A EMTU lamentou o ocorrido e informou que o caso está em apuração na concessionária. A empresa ressaltou que a orientação dada às concessionárias é para prestar atendimento cordial aos passageiros e orientá-los da melhor forma possível, mesmo que isso possa gerar atrasos nas viagens.
A companhia explicou que, no caso de ônibus seletivos como o veículo em questão, não há espaço interno para acomodar carrinho de bebê aberto, mas sim assentos especiais direcionados para cadeirantes. A orientação é para que as crianças sejam acomodadas nos assentos do veículo, com o responsável, e o carrinho colocado fechado no bagageiro inferior.
Karen, que preferiu não ser identificada com sobrenome, lamentou a situação e ressaltou que acredita não ser a única a passar por esse tipo de dificuldade. Ela espera que casos como o dela sirvam para conscientizar sobre a importância de garantir o direito de ir e vir de pessoas que necessitam de cuidados especiais.
Em nota, a EMTU lamentou o ocorrido e informou que o caso está em apuração na concessionária. Caso seja constatado erro de conduta, o motorista será penalizado conforme as normas da empresa. “A instrução da EMTU às concessionárias é sempre prestar atendimento cordial aos passageiros e orientá-los da melhor forma possível, mesmo que possa gerar atraso nas viagens como na situação relatada. Pedimos desculpas pelos transtornos causados à passageira”.
Com informações do G1 Santos
