Um homem foi condenado a 1 ano, 3 meses e 22 dias de prisão em regime semiaberto em Mongaguá, por crime de racismo religioso. Ele invadiu um centro de candomblé proferindo ofensas à religião e ameaçando os presentes. A decisão, proferida pelo juiz Bruno Nascimento Troccoli, da 2ª Vara de Mongaguá, não cabe mais recurso.
O caso ocorreu em 29 de setembro de 2019, por volta das 18h, no centro Axé Egbe Oia Bale, bairro Balneário Anchieta, em Itanhaém. O agressor, identificado como Adriano Cassio Bordin, de 43 anos, foi considerado culpado por discriminação e preconceito religioso. A defesa de Adriano recorreu da decisão condenatória, porém a 12ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a sentença. Além da pena de prisão, ele foi condenado a pagar R$ 1,5 mil à responsável pelo centro, que sofreu um hematoma no braço durante uma discussão.
Segundo relatos, o agressor entrou no centro de candomblé proferindo ofensas e se recusou a sair, chegando a agarrar uma das presentes pelo braço. Mesmo após ser retirado do local pela Polícia Militar, ele continuou a ofender a crença do candomblé.
Adriano alegou que estava na frente da casa de sua ex-esposa cuidando de uma cachorra quando foi agredido por cerca de 15 pessoas ligadas ao centro. No entanto, o juiz considerou que o agressor teve a intenção específica de ofender toda a coletividade que frequenta a religião de matriz afro-brasileira. A defesa de Adriano não quis comentar a condenação, afirmando que não cabe mais recurso.