O ex-secretário de Modernização e Transformação Digital de Guarujá, Thiago Felipe de Souza Avanci, de 39 anos, e sua mãe, a advogada Sueli Nastri de Souza Avanci, de 72 anos, foram encontrados mortos em um caso de homicídio-suicídio. A tragédia ocorreu na noite de terça-feira, 17 de setembro, após Thiago descobrir que estava sendo investigado por estupro de vulnerável.
De acordo com as autoridades, Thiago teria matado sua mãe com um tiro na cabeça antes de se suicidar da mesma forma. Além da mãe, o cachorro da família também foi encontrado morto, possivelmente envenenado.
A investigação do abuso sexual é conduzida pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Guarujá. A Justiça havia emitido um mandado de busca e apreensão para a residência de Thiago devido à suspeita de que ele possuía uma arma de fogo. Como Thiago é advogado, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi convocada para acompanhar a vistoria no imóvel.
Na manhã de terça-feira, a ordem judicial foi cumprida e os agentes encontraram um revólver calibre 32 e um simulacro. Também foi encontrada a nota fiscal de uma arma de fogo não localizada. Thiago, que não estava em casa no momento, foi informado da diligência e se comprometeu a entregar a arma faltante na delegacia, o que fez mais tarde. Durante a entrega, ele questionou sobre a investigação, embora a natureza do crime já estivesse especificada no mandado.
Mais tarde, um vídeo foi enviado ao irmão de Thiago mostrando o ex-secretário e sua mãe ingerindo medicamentos, o que levantou preocupações sobre sua segurança. Em resposta, os investigadores retornaram à residência às 20h45, mas a casa estava trancada e apenas uma luz estava acesa no andar superior. Os policiais forçaram a entrada e encontraram Sueli morta na cama, com um ferimento de bala na cabeça e sinais de uma possível queda recente. Thiago foi encontrado caído no chão do mesmo cômodo, também com um tiro na cabeça. Um revólver calibre 38, com três balas deflagradas e duas intactas, estava entre suas pernas.
Além das armas, foram apreendidos três celulares e 14 munições intactas no quarto de Sueli, e um notebook e um celular na edícula onde Thiago residia. Esses itens serão submetidos a perícia para análise.