Há décadas de amor, entrega e dedicação, essas professoras escolheram o desafio de lecionar e seguir o chamado da vocação. Em comum elas têm o vasto tempo nas salas de aulas e também alguns projetos, onde conseguiram mudar a vida de várias crianças. Neste dia 15 de outubro, em que se comemora o Dia do Professor, conheça as histórias inspiradoras das professoras Fabiana, Chymenes e Janaina.
Fabiana Correa Domingues de Rezende, professora na EM Leonor Mendes de Barros, leciona há 32 anos na rede pública de ensino, e há 26 deles na mesma escola, no Atendimento Educacional Especializado (AEE) com crianças que possui deficiência auditiva.
“Antigamente as pessoas enquanto sociedade pensava que a escola seria apenas para a criança se socializar, hoje ela está inserida em todas as atividades curriculares e pode ter um olhar para o futuro, quando vem para escola sabe que tem sua língua respeitada e que além de interagir, pode fazer planos para cursar uma faculdade e desenvolver um profissão para trabalhar. Ela sabe que existe vários profissionais que tem a mesma deficiência e trabalham normalmente, hoje a mídia mostra que tem médico, juiz, advogado, dentista e várias profissões e que eles alcançaram essa posição superando as dificuldades”.
A Rede Municipal de Ensino hoje conta com a presença de intérprete de libras em sala de aula, o que facilita o aprendizado e desenvolvimento. Perto de se aposentar ela diz que sentirá falta do convívio com seus alunos e da troca de experiência: “Já estou com o coração apertado, porque aqui é minha casa, nesses anos aprendi que a deficiência não é uma limitação”, conclui Fabiana.
A professora Chymenes Monalisa Braziliano Oliveira leciona para os alunos da pré-escola (Pré II B) na EM Maria do Carmo de Abreu Sodré e trabalha na educação há 20 anos. Desenvolveu um projeto chamado “Minha cidade tem história e memórias”, com o objetivo de estimular o desenvolvimento integral das crianças, assim como colaborar na formação educacional e cível das crianças da pré-escola. O projeto deu a oportunidade as crianças de se envolverem com a cultura caiçara e local, tomando ciência da importância da história do Município, que é um berço histórico.
Com os conhecimentos adquiridos as crianças organizaram e criaram os “Conselhos Mirins”, onde se reuniram em assembleias para discutir problemas e propor melhorias. As ações pedagógicas focaram na proteção ambiental, como a revitalização do “nosso quintal” com a criação do jardim sustentável e o plantio de árvores nativas. “Desenvolver o projeto foi uma experiência encantadora e surreal, pois foi possível proporcionar às crianças o conhecimento da história da Cidade e destacou a importância de cada cidadão na formação da cultura itanhaense. Ao longo do processo as crianças perceberam que fazem parte dessa cultura e que suas ações podem e vão transformar a realidade na qual estão inseridas”, explica Chymenes.
Janaina Novaes, professora da rede municipal há 32 anos, já lecionou para crianças da Pré-escola e Ensino Fundamental e atualmente está na EM Harry Forssell. Ela sobre a evolução da educação nesses longos anos de ensino: “Quando comecei a escola dava ênfase e importância na questão do conteúdo didático, hoje a parte social e acadêmica andam lado a lado, o aluno é visto como um todo, na parte emocional, psicológico, físico, isso é essencial para a evolução deles”. Ela também falou sobre a inclusão nas escolas: “Tenho alguns alunos especiais em sala de aula e com suporte necessário eles conseguem acompanhar tudo, o restante os acolhe, deixando-os se sentirem mais seguros. Esse tipo de inclusão não existia antigamente”, finaliza a professora.