Mario Vitorino, acusado de envolvimento no assassinato do comerciante Igor Peretto, ocorrido em Praia Grande (SP), está foragido. Ele foi flagrado por câmeras de segurança abraçando Marcelly Peretto, irmã da vítima, poucos minutos após o crime. Embora separados, Mario e Marcelly ainda são casados legalmente.
A Polícia Civil segue investigando o caso e ainda não confirmou a autoria do homicídio. Igor foi encontrado morto em um apartamento no dia 31 de agosto. De acordo com informações preliminares, estavam no local Igor, sua esposa Rafaela Costa, Marcelly Peretto e Mario Vitorino. Marcelly e Rafaela se entregaram à polícia e foram presas, mas Mario continua foragido.
Envolvimentos amorosos e tensões familiares
Segundo depoimentos, Rafaela Costa, esposa de Igor, mantinha um relacionamento extraconjugal com Mario. O advogado de Marcelly, Leandro Weissmann, afirmou que antes da chegada de Igor e Mario ao apartamento, Rafaela e Marcelly tiveram um envolvimento amoroso.
Ainda de acordo com o relato das testemunhas, Igor e Mario chegaram ao local e, logo após uma discussão, subiram até o apartamento, onde se encontraram com Marcelly. Menos de 30 minutos após o crime, Mario e Marcelly foram vistos deixando o prédio em direção à casa de Mario, onde foram filmados abraçados. Imagens mostram os dois saindo do imóvel com roupas, papéis e uma garrafa de água.
Rafaela confessou que tinha um caso com Mario, mas negou participação direta no crime. O advogado de Rafaela, Marcelo Cruz, revelou que ela saiu do apartamento antes da chegada de Igor, temendo a reação do marido após ele descobrir a troca de mensagens entre ela e Mario. Segundo Cruz, a tensão culminou em uma discussão que teria desencadeado a tragédia.
O crime e as investigações
O homicídio ocorreu na madrugada de 31 de agosto. Testemunhas relataram à polícia que, por volta das 4h37, Marcelly chegou ao apartamento acompanhada de Rafaela. Cerca de uma hora depois, Igor e Mario também chegaram ao local, mas foram inicialmente impedidos de entrar no prédio pelo porteiro, sendo liberados apenas após autorização de Marcelly, dona do imóvel.
Os primeiros indícios do crime vieram quando a síndica do prédio, após não ser atendida ao tocar a campainha e bater na porta, verificou as imagens das câmeras de segurança e notou a movimentação estranha. Ela solicitou a presença de policiais e, com a ajuda de um chaveiro, a porta do apartamento foi aberta.
Dentro do imóvel, os agentes encontraram sinais claros de luta corporal, com sangue espalhado pelo corredor. O corpo de Igor foi descoberto em um dos quartos, próximo a uma janela. O apartamento estava completamente revirado, indicando a violência da briga.
A Polícia Militar revistou o local em busca de Rafaela, mas não a encontrou. A investigação segue em andamento, com Mario Vitorino sendo procurado como principal suspeito.